Aqui vai um comentário sobre a versão 2...
Como explicar o fato de que Garret, um dos personagens mais conhecidos pelos jogadores de todo o mundo jamais foi visto por qualquer um deles? Na verdade, não poderia ser diferente quando se fala em um mestre na arte de se infiltrar em castelos e fortalezas. Aqueles que conheceram a primeira versão de Thief, sabem que Garret é um homem praticamente comum, ao contrário dos típicos heróis dos games. Se ele receber um golpe certeiro de espada, morre na hora, como qualquer pessoa. Ele não possui força sobrenatural nem armaduras capazes de fazer flechas ricochetearem. Se ele atacar frontalmente dois guardas, será eliminado em um piscar de olhos. Sendo assim, o que o torna tão especial? A resposta a esta pergunta é justamente o que dá charme à série Thief, tornando-a uma verdadeira mania mundial: Garret é inteligente, sorrateiro e sabe utilizar como ninguém as sombras para não ser notado. Ao contrário dos tradicionais "first person shooters" que se empilham nas prateleiras, Thief 2 - The Metal Age é categorizado como "first person sneeker", ou seja, um game de visão em primeira pessoa (como nos jogos de tiro), mas com o enfoque direcionado a capacidade de Garret se camuflar no escuro e passar despercebido pelos guardas.
Claro, ele possui uma espada, um arco e algumas flechas, mas Thief 2 - The Metal Age praticamente desencoraja o jogador a utilizá-los para matar os inimigos, contrariando o maior dogma dos games de tiro. Sua única saída é caminhar pelas sombras, sem ruído algum, e nocautear os guardas que estiverem em seu caminho com um porrete de metal. Prático, limpo e, principalmente, silencioso. Como Garret não foi treinado para ser guerreiro, os jogadores somente deverão utilizar o arco ou a espada em último caso, pois qualquer confronto armado coloca o herói em imediata desvantagem. Nesta nova aventura, encontramos Garret em uma situação difícil. Sem dinheiro, com o aluguel atrasado e preso a um mundo oprimido pela lei dos poderosos, ele tenta sobreviver pagando trabalhos no estilo free-lancer. Algo muito errado está à sua volta, com a criação sucessiva de diversas engenhocas mecânicas que estão tomando conta do reino. Máquinas criadas para os mais variados fins, projetadas por cientistas despreocupados com o impacto negativo que elas podem causar na vida de pessoas que jamais sonharam em conviver com tais avanços em uma sociedade medieval. Muitas pessoas estão reclamando da poluição e da falta de metal disponível para seus trabalho. Uma conspiração paira sobre esta sociedade medieval que, a cada dia, torna-se mais surreal diante da presença das máquinas.
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