Movimento Brasil Competitivo, liderado por Jorge Gerdau, ressalta práticas inovadoras.
Reportagem: Bruno Porto - Repórter
O Movimento Brasil Competitivo (MBC), liderado por Jorge Gerdau Johannpeter, do Grupo Gerdau, e o Governo de Minas Gerais divulgaram um trabalho chamado “Caminhos para Inovar na Gestão Pública”. O levantamento foi baseado nas práticas do Governo mineiro consideradas inovadoras, que começaram a ser implementadas a partir de 2003. A intenção é nortear os futuros governantes do país, apontando soluções que aumentem a competitividade no setor público, como uma maior interação com a iniciativa privada no desenvolvimento de projetos.
A experiência do Governo estadual, com programas como choque de gestão e o Estado para Resultados, foram usadas como exemplo, além do ProAcesso no setor rodoviário. De acordo com o Governo, estes programas culminaram em indicadores positivos em todas as áreas. Na saúde, a cobertura populacional do programa Saúde da Família (PSF) aumentou de 67,07% em 2008 para 69,22% no ano passado. A meta estipulada neste prazo era de 67,77%.
No mercado de trabalho, os dados revelam que o número de vagas captadas pelas unidades de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) aumentou de 63.763 em 2007 para 94.452 em 2009. A meta era de 85 mil.
A agenda de melhorias, como o governo denominou estas ações, estão fundamentadas na profissionalização do setor público por meio de planejamento, definição de prioridades, cumprimento de metas e perspectivas de longo prazo. “Hoje, o Estado já planeja as ações para 2030, isso já foi algo impensável”, afirmou Jorge Gerdau, ontem, durante a apresentação do “Caminhos para Inovação na Gestão Pública”, que ocorreu no Banco de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (BDMG). É por meio da instituição financeira que o Governo de Minas se associou ao MBC.
O coordenador do Estado para Resultados, que faz o acompanhamento de 104 indicadores - da defesa social à arrecadação de impostos -, Tadeu Barreto, considera que a importância deste modelo de gestão utilizado em Minas Gerais é de fornecer à sociedade informações palpáveis que vão mostrar para onde o Estado está caminhando.
Investimento é baixo frente aos resultados
O Estado para Resultados recebeu, segundo ele, de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões em quatro anos para criação de uma unidade estratégica que monitora todo o governo. Barreto ainda salientou que as receitas totais do governo mineiro em 2010 atingiram R$ 41 bilhões. “Disso tudo, estamos falando de cerca de R$ 10 milhões por ano gastos em gestão estratégica. Isso mostra que investir em gestão é relativamente barato quando se avalia os resultados conseguidos”, observa.
O governo estadual contabiliza que o número de inquéritos policiais concluídos aumentou de 5.800 para 24,7 mil entre 2008 e 2009, sendo que a meta estipulada para este período era de atingir no ano passado 12,6 mil inquéritos. A taxa de tratamento de esgoto da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)saltou de 41,78% para 46,5% de 2008 para 2009 (a meta era 44,8%).
Também presente na solenidade, o governador reeleito de Minas Gerais, Antonio Anastasia, reforçou a necessidade de um diálogo constante entre o governo e os empresários, desde que pautado pela ética e eficiência . Na avaliação dele, este intercâmbio do público e do privado favorece ambas as partes, mas especialmente o governo, uma vez que descobre formas de acelerar a melhoria dos indicadores. “A administração púlica não é estática, ela é dinâmica”, disse.
O presidente do BDMG, Paulo Paiva, disse que os desembolsos do banco, que cresceram 30% de 2009 para 2010, terão desempenho semelhante em 2011.
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